Era 1976 e a Universidade Federal do Pará, sob o comando do reitor Clóvis Malcher, preparava-se para as celebrações em torno dos 20 anos da Instituição – que, para além de uma celebração, ocorrida no auditório do Núcleo Pedagógico da UFPA (a escolinha, como ele carinhosamente a chamava), seria um divisor de águas para a comunidade acadêmica.

Malcher debruçara-se sobre a legislação e, motivado pelos excelentes resultados da primeira Fundação de Amparo à Pesquisa do Brasil, a de São Paulo (atualmente FAPESP, cujo funcionamento oficial deu-se em 1962), decidiu escrever todo o argumento jurídico e projeto do Plano Diretor de Pesquisa, documento norteador do desenvolvimento das pesquisas científicas, e que deu base à criação da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa, subordinada à UFPA e na órbita da Instituição.

No dia 12 de dezembro de 1976, em reunião oficial do Conselho Universitário da UFPA, sua assembleia aprovou o Parecer número 17 da Câmara de Legislação e Normas no processo número 010.759, criando uma Fundação privada, com finalidade precípua de incentivar e apoiar pesquisa científica, podendo mesmo ampliar essa finalidade em outros campos da ciência, pesquisa e cultura em geral.

A partir daí, Clóvis Malcher prepararia a transição da gestão para o próximo reitor, o médico e professor da Faculdade de Medicina Aracy Barreto – responsável pela concretização e implantação definitiva da Fundação de Amparo à Pesquisa.

Assim, aos 18 dias de novembro de 1977, era assinada a escritura pública definitiva, dando vida à FADESP – inicialmente instalada no prédio onde funcionava o Curso de Geociências.

É 2022, ano em que comemoramos a 45 anos da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa, legado da Universidade Federal do Pará para toda a sociedade.